A cidade de Campo Grande está no centro de uma das maiores transformações econômicas da região. A chamada Rota Bioceânica, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio do Paraguai, Argentina e Chile, tem ganhado força e já começa a movimentar investimentos, negócios e expectativas. E o que parecia distante, agora é visto como realidade.
A rota passa por cidades como Maracaju, Jardim e Porto Murtinho, que antes pareciam isoladas do mapa internacional. Mas com as obras da ponte sobre o Rio Paraguai em andamento e a estrada ligando o Brasil ao norte do Chile avançando, Campo Grande deixa de ser apenas uma capital do agro para se tornar um dos principais pontos logísticos da América do Sul.
Essa análise é do deputado estadual Lídio Lopes, que vê de perto essa mudança. Ele defende que a capital sul-mato-grossense já começa a sentir os efeitos dessa nova fase: “Campo Grande passa a ser, de fato, a capital da Rota Bioceânica. Os investidores já estão chegando, as empresas já estão buscando espaços para logística aqui”, afirmou o parlamentar.
O Deputado Lídio destacou que o papel da prefeita Adriane Lopes tem sido importante para garantir visibilidade a Campo Grande no cenário internacional. Segundo ele, a prefeitura abriu um escritório para receber empresários e representantes de países como Chile, Paraguai e Peru, facilitando o diálogo direto com investidores.
Outro ponto citado pelo deputado é a formação de mão de obra. Para ele, Campo Grande tem se preparado com cursos e capacitação para atender as novas exigências do mercado que está surgindo. “É aqui que está a mão de obra pronta, é aqui que os investimentos vão acontecer”, resumiu.
No campo político, Lídio também comentou a importância da atuação da Assembleia Legislativa nesse processo. “Nosso papel é garantir as condições legais e orçamentárias para que esse novo cenário se concretize. A Rota Bioceânica é uma oportunidade histórica que vai mudar nosso Estado”, disse.
Com a rota, produtos brasileiros ganharão uma nova saída para exportação, chegando mais rápido e com menor custo aos países do Pacífico e da Ásia. Ao mesmo tempo, produtos asiáticos poderão entrar no Brasil por um caminho mais curto. O corredor rodoviário entre Porto Murtinho e o Chile deve se tornar uma alternativa importante ao Canal do Panamá.
O deputado também destacou o impacto em setores como transporte, armazenagem, construção civil e comércio. A expectativa é de que novos centros logísticos e empresas se instalem em Campo Grande, aproveitando a localização privilegiada da cidade.
Durante a entrevista, Lídio lembrou que essa mudança de perfil não significa abandonar o agro, mas sim somar forças. “O agro continua sendo nossa base, mas agora temos uma chance real de industrializar, de diversificar nossa economia. E isso é bom para todo mundo”, explicou.
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